Veja qual será o valor do metro quadrado da construção civil em 2024.
Segundo o Índice Nacional da Construção Civil (INCC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), valor em dezembro de 2023 variou 0,26%
11/01/2024 | 10:00 – O valor do metro quadrado da construção civil é R$ 1.722,19. Desse total, R$ 1.001,89 são relativos aos materiais e a parcela da mão de obra corresponde a R$ 720,30. Os dados constam na divulgação de janeiro de 2024 do SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil).
No último mês de 2023, o Índice Nacional da Construção Civil apresentou variação de 0,26%, subindo 0,18 ponto percentual em relação a novembro (0,08%). O acumulado no ano passado foi de 2,55%, número muito abaixo dos 10,9% registrados em 2022. A título de comparação, o índice de dezembro de 2022 foi de 0,08%.
Valor dos materiais de construção e mão de obra
A parcela dos materiais no valor do metro quadrado da construção apresentou variação de 0,27%, subindo 0,19 ponto percentual em relação a taxa de novembro (0,08%). Essa foi a segunda maior taxa da categoria no ano, apenas atrás de abril — quando a variação registrada foi de 0,42%. Considerando o índice registrado em dezembro de 2022 (0,07%), a alteração foi de 0,20 ponto percentual.
Já a mão de obra subiu 0,24% — número que representa um aumento de 0,16 ponto percentual em relação ao índice de novembro (0,08%). Na comparação com dezembro de 2022 (0,08%), também houve aumento de 0,16 ponto percentual .
Em 2023, os índices acumulados foram de 6,22% (mão de obra) e 0,06% (materiais). Na comparação com 2022, as porcentagens observadas foram 12,18% (mão de obra) e 10,02% (materiais).
Variação do valor do metro quadrado em 12 meses
Confira, na tabela abaixo, como o valor do metro quadrado da construção civil variou nos últimos 12 meses.
Data | Valor do metro quadrado | Variação do INCC |
Dezembro de 2023 | R$ 1.722,19 | 0,26% |
Novembro de 2023 | R$ 1.717,71 | 0,08% |
Outubro de 2023 | R$ 1.716,30 | 0,14% |
Setembro de 2023 | R$ 1.713,87 | 0,02% |
Agosto de 2023 | R$ 1.713,52 | 0,18% |
Julho de 2023 | R$ 1.710,37 | 0,23% |
Junho de 2023 | R$ 1.706,50 | 0,39% |
Maio de 2023 | R$ 1.699,79 | 0,36% |
Abril de 2023 | R$ 1.693,67 | 0,27% |
Março de 2023 | R$ 1.689,13 | 0,20% |
Fevereiro de 2023 | R$ 1.685,74 | 0,08% |
Janeiro de 2023 | R$ 1.684,45 | 0,31% |
Valor do metro quadrado da construção civil por região
De acordo com o SINAPI, a região Centro-Oeste apresentou a maior variação em dezembro (0,90%). O número pode ser explicado pelo reajuste nas categorias profissionais do Mato Grosso.
Na sequência, aparecem o Norte (0,31%), Nordeste (0,21%), Sul (0,25%) e Sudeste (0,14%).
No acumulado de 2023, a região Sul teve o maior aumento, com alta de 4,58%. Na sequência aparecem o Norte (4,40%), Nordeste (2,48%), Centro-Oeste (1,86%) e Sudeste (1,68%).
Quando analisados os números de cada estado em dezembro de 2023, o Piauí se destaca, com variação de 2,52%.
Veja os detalhes nas tabelas:
SINAPI – DEZEMBRO DE 2023
COM DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO
Áreas Geográficas | Custos Médios | Números Índices | Variações Percentuais | ||
R$/m² | Jun/94=100 | Mensal | No ano | 12 meses | |
Brasil | 1722,19 | 862,02 | 0,26 | 2,55 | 2,55 |
Região Norte | 1772,31 | 883,11 | 0,31 | 4,40 | 4,40 |
Rondônia | 1823,29 | 1016,69 | 0,27 | 4,05 | 4,05 |
Acre | 1875,68 | 995,40 | 0,06 | 4,20 | 4,20 |
Amazonas | 1793,08 | 877,69 | 0,38 | 6,80 | 6,80 |
Roraima | 1872,78 | 777,91 | 0,92 | 5,25 | 5,25 |
Pará | 1732,70 | 830,75 | 0,36 | 3,04 | 3,04 |
Amapá | 1696,73 | 824,13 | -0,09 | 5,09 | 5,09 |
Tocantins | 1805,85 | 949,47 | 0,04 | 3,90 | 3,90 |
Região Nordeste | 1599,14 | 863,74 | 0,21 | 2,48 | 2,48 |
Maranhão | 1653,98 | 871,53 | 0,35 | 5,05 | 5,05 |
Piauí | 1614,79 | 1073,26 | 2,45 | 4,33 | 4,33 |
Ceará | 1581,77 | 913,71 | 0,18 | 2,47 | 2,47 |
Rio Grande do Norte | 1618,17 | 815,59 | 0,40 | 4,90 | 4,90 |
Paraíba | 1651,47 | 913,22 | 0,06 | 3,78 | 3,78 |
Pernambuco | 1569,36 | 838,98 | -0,07 | 1,18 | 1,18 |
Alagoas | 1563,47 | 781,00 | 0,04 | 3,82 | 3,82 |
Sergipe | 1529,64 | 812,77 | 0,51 | 3,65 | 3,65 |
Bahia | 1594,19 | 843,96 | -0,09 | 0,52 | 0,52 |
Região Sudeste | 1764,24 | 844,52 | 0,14 | 1,68 | 1,68 |
Minas Gerais | 1612,01 | 887,05 | 0,05 | 0,17 | 0,17 |
Espírito Santo | 1578,77 | 875,82 | -0,12 | 2,24 | 2,24 |
Rio de Janeiro | 1894,47 | 863,35 | 0,03 | 3,07 | 3,07 |
São Paulo | 1818,57 | 821,19 | 0,24 | 1,88 | 1,88 |
Região Sul | 1842,66 | 881,24 | 0,25 | 4,58 | 4,58 |
Paraná | 1824,34 | 872,46 | 0,38 | 5,17 | 5,17 |
Santa Catarina | 1987,02 | 1075,92 | 0,13 | 4,20 | 4,20 |
Rio Grande do Sul | 1734,32 | 787,09 | 0,17 | 3,99 | 3,99 |
Região Centro-Oeste | 1754,88 | 895,83 | 0,90 | 1,86 | 1,86 |
Mato Grosso do Sul | 1701,66 | 800,43 | 0,18 | 1,67 | 1,67 |
Mato Grosso | 1801,53 | 1027,61 | 2,38 | 1,74 | 1,74 |
Goiás | 1709,09 | 902,78 | 0,20 | 2,13 | 2,13 |
Distrito Federal | 1792,96 | 791,77 | 0,34 | 1,83 | 1,83 |
SINAPI – DEZEMBRO DE 2023
SEM DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO
Áreas Geográficas | Custos Médios | Números Índices | Variações Percentuais | ||
R$/m² | Jun/94=100 | Mensal | No ano | 12 meses | |
Brasil | 1832,90 | 916,61 | 0,26 | 2,75 | 2,75 |
Região Norte | 1875,59 | 934,62 | 0,29 | 4,48 | 4,48 |
Rondônia | 1930,51 | 1076,36 | 0,26 | 4,09 | 4,09 |
Acre | 1979,75 | 1050,93 | 0,05 | 4,43 | 4,43 |
Amazonas | 1898,74 | 929,81 | 0,35 | 6,98 | 6,98 |
Roraima | 1988,40 | 825,68 | 0,89 | 5,26 | 5,26 |
Pará | 1833,16 | 878,63 | 0,34 | 3,09 | 3,09 |
Amapá | 1795,89 | 872,36 | -0,06 | 5,15 | 5,15 |
Tocantins | 1910,21 | 1004,76 | 0,04 | 4,03 | 4,03 |
Região Nordeste | 1696,44 | 916,34 | 0,22 | 2,70 | 2,70 |
Maranhão | 1753,57 | 924,12 | 0,36 | 5,20 | 5,20 |
Piauí | 1711,55 | 1137,31 | 2,67 | 4,56 | 4,56 |
Ceará | 1674,56 | 966,71 | 0,17 | 2,66 | 2,66 |
Rio Grande do Norte | 1714,96 | 864,19 | 0,38 | 5,11 | 5,11 |
Paraíba | 1751,07 | 968,18 | 0,08 | 3,90 | 3,90 |
Pernambuco | 1665,35 | 890,60 | -0,06 | 1,47 | 1,47 |
Alagoas | 1657,66 | 828,38 | 0,06 | 3,91 | 3,91 |
Sergipe | 1620,18 | 861,14 | 0,48 | 3,98 | 3,98 |
Bahia | 1694,73 | 896,25 | -0,07 | 0,85 | 0,85 |
Região Sudeste | 1884,51 | 901,70 | 0,14 | 1,99 | 1,99 |
Minas Gerais | 1711,88 | 941,67 | 0,07 | 0,52 | 0,52 |
Espírito Santo | 1676,41 | 930,11 | -0,11 | 2,44 | 2,44 |
Rio de Janeiro | 2029,73 | 925,71 | 0,03 | 3,48 | 3,48 |
São Paulo | 1946,93 | 879,25 | 0,23 | 2,11 | 2,11 |
Região Sul | 1965,86 | 939,96 | 0,22 | 4,54 | 4,54 |
Paraná | 1950,19 | 932,45 | 0,36 | 5,13 | 5,13 |
Santa Catarina | 2122,47 | 1149,60 | 0,05 | 4,07 | 4,07 |
Rio Grande do Sul | 1841,25 | 835,83 | 0,15 | 4,03 | 4,03 |
Região Centro-Oeste | 1862,17 | 950,52 | 0,95 | 2,11 | 2,11 |
Mato Grosso do Sul | 1805,03 | 848,37 | 0,17 | 1,93 | 1,93 |
Mato Grosso | 1911,17 | 1090,36 | 2,61 | 2,11 | 2,11 |
Goiás | 1815,26 | 958,08 | 0,17 | 2,33 | 2,33 |
Distrito Federal | 1901,27 | 839,94 | 0,33 | 1,99 | 1,99 |
Por que o preço do metro quadrado da construção é tão importante?
Produção conjunta do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da Caixa Econômica Federal, o SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) foi criado em 1969. O objetivo era a produção de informações de custos e índices de forma sistematizada, com abrangência nacional, para apoiar a elaboração e a avaliação de orçamentos, como também o acompanhamento de custos.
Hoje, o SINAPI é a principal tabela de referência para composições e preços de serviços e atividades de obras públicas e privadas no Brasil.
As séries mensais de custos e índices de custos referem-se ao valor do metro quadrado de uma construção no canteiro de obras. Elas não contemplam as despesas com projetos em geral, licenças, seguros, instalações provisórias, depreciações dos equipamentos, compra de terreno, administração, financiamento e aquisição de equipamentos.
As estatísticas do SINAPI são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos.
INCC-M
Além do SINAPI, calculado e divulgado pelo IBGE, outro importante indicador de custos do setor é o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Assim como o custo por metro quadrado da construção determinado pelo IBGE, o INCC acompanha a evolução dos preços de materiais, serviços e mão de obra destinados à construção de residências. Ele é calculado em sete capitais — Brasília, Recife, São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Como ficou o INCC em dezembro?
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) aumentou 0,26% em dezembro de 2023, marcando uma aceleração frente a taxa de 0,10% registrada no mês anterior.
De janeiro a dezembro de 2023, o INCC-M acumulou alta de 3,32%.
Em dezembro, o custo com a mão de obra cresceu 0,23%, ante 0,42% em novembro.
O custo com materiais e equipamentos teve alta de 0,28% em dezembro, após queda de 0,12% no mês anterior.
Dentro do grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, a taxa relativa a Materiais e Equipamentos teve uma variação de 0,30% em dezembro, o que representa um aumento em relação aos -0,17% observados no mês anterior.
A variação relativa a Serviços, por sua vez, passou de 0,39% em novembro para 0,09% em dezembro. Neste grupo, é digno de nota o significativo recuo na taxa do item “projetos”, que passou de 0,36% para -0,12%.
Quanto às taxas de variação, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo experimentaram uma aceleração. Por outro lado, Salvador, surpreendeu com recuo em sua taxa.
CUB
Índices como o INCC e o SINAPI são fundamentais para os orçamentistas calcularem o custo da construção.
Além desses dois indicadores, outra referência importante para apoiar a estimativa de valores é o Custo Unitário Básico (CUB), calculado mensalmente pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de cada região, com base nos preços de produtos e serviços relacionados à atividade.
O CUB reflete a variação dos custos das construtoras. Além de ser um importante termômetro na variação dos custos de mão de obra e serviços, ele é de uso obrigatório nos registros de incorporação dos empreendimentos imobiliários.
O preço básico é determinado por metro quadrado e a apuração dos valores é feita segundo os projetos-padrões de referência.
Conclusão
Conhecer o valor do metro quadrado da construção civil e acompanhar o comportamento da inflação setorial é chave para o planejamento e execução dos projetos.
Ter o domínio sobre esses indicadores, que variam de forma muito dinâmica a cada mês, é fundamental para a elaboração de orçamentos mais assertivos e para garantir a viabilidade financeira dos novos empreendimentos.
Fonte: www.aecweb.com.br